Personagens
PEÇA TEATRAL: Por que o porco tem o focinho curto?
(Porco já encontra-se em cena, escondido atrás do milharal, de acordo com a descrição do narrador o porco começa a entrar em cena e interpretar)
Narrador: Há muito e muito tempo atrás o porco possuía uma tromba tão longa como a do elefante, ambos viviam no Continente Africano e faziam parte dos animais da Savana. Embora o porco fosse menor que o elefante, o danadinho era muito ágil, forte e trabalhador.
Além disso, o porquinho com sua tromba longa era um habilidoso comerciante que nos solos africanos cultivava um milharal, cuidando-o com carinho e capinando de sol a sol.
Era através desta plantação de milho que o porquinho sustentava sua numerosa família, mas sempre sobrava uns milhozinhos que ele vendia para os outros animais.
(Sai Narrador e entra a Galinha – D’Angola)
Porco: Olá Dona Galinha, como vai?
Galinha: Ô meu amigo Porco nem te conto! Como mesmo sabe há dias não chove por aqui. E isso acaba trazendo muita fome pra nossa terrinha.
Porco: Minha amiga não fique tão triste, pois aqui ainda tenho um pouquinho, que pra ti posso vender.
Galinha: Fico muita agradecida meu caro amigo.
( Saem os dois de cena)
Narrador: Nesses momentos de aflição, animais de várias partes do continente africano corriam para comprar os alimentos vendidos pelo porco.
Mas nem todos estavam satisfeitos com a fartura e o lucro que o porco vinha ganhando. O Chacal, bicharoco ciumento, resolveu aplicar um golpe no porquinho.
( Porco entra montando uma quitandinha e o Chacal fica na espreita)
Porco: Alô Alô olha o milho, quem vai querer? Milho fresquinho, quem vai querer? Tem muitos milhos quem vai querer?
( Chacal se aproximando do porco, simulando muita fome)
Chacal: Oi Porco! Por favor, estou morrendo de fome. Eu tenho um amigo que me deve um dinheirinho e ele ficou de me pagar hoje à tarde. Posso pegar um pouco de milho e lhe pagar amanhã?
Porco: Ô meu amigo pode levar o que quiser.
(Porco enche a sacola do Chacal com um monte de espiga de milho)
Narrador: Como eu tinha falado o Chacal resolveu aplicar um golpe no pobre porco.
Os dias passavam e nada do Chacal aparecer para pagar o que devia.
“Debaixo da confiança que mora o perigo”, pensou o Porco.
Então irritado decidiu ir até a tocado lobo para cobrar a conta.
( Nesse momento, entra o Chacal cantando uma musiquinha com o cilindro na mão)
Chacal: Au au au eu sou o Chacal
Obo obo obo o Porco é muito bobo
Cero certo certo eu sou muito esperto
( Fora de cena, o porco chama pelo Chacal)
Porco: Chacallllllllllllll. Vim cobrar minha dívida.
Chacal: (assustado) Ai ai ai, esse bobão veio me cobrar. E agora? (pensa por um instante, olha para o cilindro e tem uma idéia)
Hum já sei ....... O meu amigo Porco pode entrar, a casa é sua.
Porco: Chacal não estou aqui para brincadeira. Vim buscar o dinheiro que você me deve.
Chacal: Que coincidência! Eu estava justamente saindo para pagar a você. Mas as moedas caíram dentro desse tubo e não consigo pegá-las. Será que você, com sua tromba tão longa, poderia me ajudar?
( O Porco enfia sua tomba no cano e não acha nada. E quando desisti de procurar fica entalado)
Porco: Socorro! Fiquei entalado. Me ajuda Chacal?
Chacal: (fingindo que está ajudando) Mas você é muito pesado, não consigo, estou tentando......
Porco: Mas eu não posso ficar com essa coisa amarrada na minha tromba! Já estou sentindo falta de ar.
Chacal: Só tem um jeito.
Porco: Qual?
Chacal: Aguarde um instante, já volto(sai de cena e volta com o serrote)
Chacal: Prometo-lhe que não vai doer muito, mas será muito necessário para retirar sua grande tromba daí.(serra o cano)
Porco: Aiiiiiiiiiiiiiiiiii AIiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, o que você fez? Cortaste meu focinho?E agora como poderei pegar água na fonte? Oh meu Deus? O que será de mim?
(porco e chacal ficam estátuas e entra o narrador)
Narrador: E, assim foi feito. Devido ao serrote uitlizado pelo chacal, o porco tornou-se um animal de focinho curto.
Por isso que, atualmente, nos dias quentes, os porcos rolam na grama para se refrescar, pois perderam a tromba comprida que seus antepassados utilizava para buscar água, mas permaneceram resistentes e fortes.
(Porco sai de estátua e começa a rolar no chão)
Já os herdeiros do chacal, no entanto, talvez por culpa, continuam passando fome sempre que as chuvas param de cair.
(Chacal sai de estátua e faz cara de triste).
Autor: Rogério Andrade Barbosa
Adaptação: Marcelo Lima, Mirian Benetti
Cenografia: Nádia
Figurino: Marcelo Lima, Mirian Benetti e Nádia
Objetos de cena: Nádia
Elenco
Narrador: Nádia
Porco: Marcelo Lima
Galinha: Mirian Benetti
Chacal: Mirian Benetti
Realização:
Sala de Leitura Monteiro Lobato
Escola Municipal General Tenente Napion
GALERIA DE IMAGENS DA APRESENTAÇÃO