terça-feira, 28 de abril de 2009

Mini-livros de Mary & Eliardo França


Sugerindo...

Primeiramente podemos trabalhar com a contação de histórias da COLEÇÃO GATO E RATO ( disponibilizados na Sala de Leitura)

O CARACOL,

A BOTA DO BODE,

O RABO DO GATO,

O PATO E O SAPO,


DE MARY E ELIARDO FRANÇA
EDITORA ÁTICA


Depois utilizar os mini-livros com os alunos, explorando a leitura, a escrita, a identificação de palavras, sequência da história...

Livro : O CARACOL - MARY E ELIARDO FRANÇA











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LIVRO: A BOTA DO BODE MARY E ELIARDO FRANÇA







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LIVRO: O RABO DO GATO - MARY E ELIARDO FRANÇA


















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LIVRO: O PATO E O SAPO - MARY E ELIARDO FRANÇA

















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Fonte: Blog Ler e Escrever é só Começar


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Exposição: Tesouros do Louvre e Esculturas de Houdon




Pela primeira vez no Brasil um dos maiores escultores do século XVIII

Exposição realizada com a colaboração excepcional do Museu do Louvre no âmbito do Ano da França no Brasil





Louvre empresta esculturas de Houdon a museu do Rio


As 20 esculturas do mestre francês Jean Antoine Houdon (1741-1828) , que compõem o acervo do Museu do Louvre, foram emprestadas até o dia 5 de julho ao Museu Histórico Nacional do Rio, como parte dos eventos do Ano da França no Brasil.


Para que os espectadores pudessem admirar todos os detalhes da apurada técnica de Houdon, considerado o escultor do Iluminismo, o curador, Guilhem Scherf, fez questão de uma sala de exposições com grandes janelas.


"A luz elétrica não apresenta a obra com aquela consistência aveludada que os contemporâneos de Houdon puderam ver com a luz natural, que incide por igual", disse Scherf ontem, na entrevista de apresentação da exposição Tesouros do Louvre - Retratos Esculpidos de Houdon, a ser aberta dia 29 ao público.


"No Rio, sob essa luz maravilhosa, vai ser ainda mais vibrante do que em Paris.


"Entre as selecionadas para a viagem, estão imagens em mármore, terracota, gesso e bronze de personalidades do Iluminismo, como Voltaire, Diderot e Rousseau. Os bustos merecem observação bem de pertinho: Houdon dava especial atenção aos olhos, esculpindo-os de modo a conferir vivacidade às figuras, e não escamoteava marcas na pele nem rugas.


É a primeira vez que a coleção vem à América do Sul.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Museu Histórico Nacional
Endereço: Praça Marechal Âncora - Próximo à Praça XV - Centro -RJ
Tel.: (0xx21) 25509220 / 25509220
de terça a sexta das 10h às 17h3o
sábados, domingos e feriados das 14h às 18h
Ingresso para exposições do Museu Histórico Nacional:R$ 6,00 (seis reais)
Estão isentos de pagamento (mediante comprovação):
* crianças até cinco anos de idade; sócios do ICOM-International Council of Museum;
* funcionários do IPHAN;
* alunos e professores das escolas públicas federais, estaduais e municipais;
* brasileiros maiores de 65 anos;
* guias de turismo e estudantes de museologia.
* Alunos agendados da rede particular de ensino
* e brasileiros maiores de 60 anos e menores de 65 anos pagam a metade do valor.
* Aos domingos, a entrada é franca!

terça-feira, 21 de abril de 2009

O ano da França no Brasil já começou!!

A arte francesa está espalhada por lugares inusitados do Rio

O foco da exposição são jovens franceses e reúne 108 fotos de meninos e meninas de 20 anos.

As comemorações do ano da França no Brasil vão proporcionar 450 eventos por aqui até novembro.

E as comemorações do ano da França no Brasil vão proporcionar 450 eventos por aqui.

Um deles já pode ser conferido no Rio de Janeiro.

A arte francesa está espalhada por lugares inusitados.

Os arcos da lapa, cartão postal do Rio, viraram moldura para olhares, rostos anônimos. São retratos de mulheres que vivem em um morro da cidade. Aqui, o foco são jovens franceses. Esta exposição reúne 108 fotos de meninos e meninas de 20 anos.

Sabe aquela fase de amadurecimento, de rebeldia? Está tudo retratado aqui.A bagunça do quarto da adolescente, a boneca e o piercing no umbigo. Contraste de atitudes que são típicas da idade.

O beijo na avenida Champs Elysee. Os turistas observam Paris do alto.

A cidade luz é um dos cenários da mostra.

A mistura de raças também foi lembrada. Em trajes de banho, as três jovens representam bem a diversidade da nova geração francesa.

As várias religiões aparecem com destaque.

Aqui, enquanto os seminaristas estudam, o mulçumano se ajoelha voltado pra Meca.

“Nós temos os jovens representados por grandes nomes da fotografia e isso nos permite ter uma ideia geral e bastante ampla de como se comporta, como se apresenta e como pensa a juventude francesa hoje”, diz Milton Guran, curador da mostra.

Nesse grande passeio pelo dia a dia deles, festas, diversão e a reflexão.

Fonte: globo.com

21 de abril - Dia de Tiradentes


A vida de Tiradentes

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, um dos líderes da Inconfidência Mineira, nasceu em 1746, na fazenda Pombal, situada em Minas Gerais, entre a cidade de São José (hoje Tiradentes) e São João Del Rei. Não existem registros do dia em que nasceu, mas o que se sabe é que ele foi batizado no dia 12 de novembro de 1746.


Perdeu os pais ainda criança, com apenas 9 anos ficou órfão de mãe e logo em seguida, com 11, perdeu o pai. Foi criado pelo padrinho, na cidade de Vila Rica (hoje Ouro Preto), que lhe ensinou noções práticas de odontologia e medicina.



Aos 18 anos ingressou na carreira militar, onde alcançou o posto de Alferes. Foi nomeado, pela Rainha Maria I, a comandante da pratulha do Caminho Novo e, em julho de 1788, foi indicado para chefiar a guarda da viscondessa de Barbacena em sua viagem até Vila Rica. Foi escolhido por também dotar de conhecimentos de mineralogia.



Além da odontologia e medicina, interessou-se também pela engenharia. Foi autor de um projeto pioneiro de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, dentre outros. Também tinha idéia de instalar em Minas Gerais uma fábrica de ferro.



A origem do nome Tiradentes

Como já foi dito, Joaquim da Silva Xavier trabalhava como dentista. Por isso o nome Tiradentes. Mas o que poucos sabem, apesar do apelido, é que tiradentes não suportava arrancar dentes. Era adepto do que se chama hoje da Odontologia Preventiva. Preferia preservar os dentes do que arrancá-los. Além disso, Tiradentes não se preocupava somente com os dentes da pessoa. Ele cuidava do corpo todo, fazendo uso, inclusive, de plantas medicinais. Sempre inovador, implantava dentes esculpidos por ele mesmo, usando sua habilidade de joalheiro.



Sonhador e Idealista pela liberdade


Inspirado pela Independência dos EUA e tomado pelo sentimento de liberdade, Tiradentes se envolveu de corpo e alma na Inconfidência Mineira - movimento revolucionário, ocorrido em 1789, na cidade de Vila Rica, que inicialmente defendia a emancipação e instalação de uma república em Minas Gerais.



Seu envolvimento pelo movimento teve início numa viagem a cidade do Rio de Janeiro, em março de 1787, onde se apaixonou pelas idéias dos filósofos franceses e dos revolucionários norte-americanos.


um ano, em setembro de 1788, Tiradentes retornou para a cidade de Vila Rica, onde passou a divulgar abertamente, apesar de proibido, os propósitos do movimento mineiro. Nascia então a revolução conhecida como Inconfidência Mineira.



Foi denunciado por Joaquim Silvério dos Reis, em março de 1789, quando todos os integrantes do grupo foram presos, inclusive Tiradentes, preso no Rio de Janeiro. Ficou isolado numa cela escura, durante quase três anos. Foi ouvido quatro vezes, num processo de investigação conhecido como Devassa, ficando frente a frente com todos que o denunciaram. Inicialmente negou tudo, mas acabou assumindo toda a responsabilidade da conspiração, inocentando os demais condenados.



Tiradentes recebeu a sentença de morte e voltando-se para o seu confessor disse: "Cumpri a minha palavra! Morro pela liberdade".
Foi enforcado no dia 21 de abril de 1792 no campo da Lampadosa (atual praça Tiradentes), no Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado e a cabeça exibida em Vila Rica no alto de um poste, e seus membros pregados em postes, pelo caminho de Minas Gerais.



Inicialmente Tiradentes era tido pela Coroa Portuguesa como um traidor. Para se ter uma idéia, seus descendentes foram declarados infames até a 3ª geração, incluindo-se aí sua filha Joaquina, da qual pouco se sabe. No local onde mora em Ouro Preto, sua casa foi arrasada, o terreno salgado (para que nada mais ali nascesse) e erguido um padrão da infâmia.



30 anos depois de sua condenação, foi declarada a Independência do Brasil. Curiosamente Tiradentes não seria lembrado ainda como um herói nacional, talvez pelo fato do próprio imperador do Brasil, Dom Pedro I, ser português. Somente com o fortalecimento da propaganda republicana é que a imagem de Tiradentes começou a ser resgatada como a conhecemos hoje. Com a Proclamação da República, em 1889, Tiradentes seria alçado ao posto de herói máximo no panteão nacional.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Poder das Palavras



...Encontrei esse texto no Blog Alfabetizando e achei muito interessante.
Vale à pena conferir!

O PODER DAS PALAVRAS

As palavras são poderosas.
Para o bem e para o mal.
Podem fazer-nos felizes ou declarar o amor como também podem declarar uma guerra.
Quem de nós já não passou por situações extremamente constrangedoras ou desagradáveis por ter usado a(s) palavra(s) errada(s) na hora errada ?
Por isso, recomendo todo cuidado ao falar com qualquer pessoa que seja.
E mais cuidado ainda ao falar com seus alunos.
E ainda mais cuidado ao falar com pais de alunos !!
Uma dica muito útil é:Use os verbos SER e TER, somente para elogiar.
Use o verbo ESTAR quando precisar criticar ou falar algo pouco agradável.
Exemplos:
- “Mari, você é uma aluna muito bacana. Só precisa conversar menos. Você está muito conversadeira nas ultimas aulas.
”- “O Pedro tem muita facilidade para aprender. Ele esteve bem disperso nas últimas aulas, no entanto. Há algo acontecendo em casa ou na escola ?”
agora como esses mesmos exemplos ficam pesados, negativos ou limitantes quando usamos os verbos “errados”:
- “Mari, você é uma aluna muito conversadeira. Só precisa conversar menos. Você está indo bem hoje.”
Comentário: Se você rotula a aluna dizendo que ela é conversadeira, o que espera que ela seja ao longo do ano ?
Essa aluna, inconscientemente, fará tudo para provar que é conversadeira.
É a profecia auto-realizadora .
Ao invés de dizer que ela é, experimente dizer:
“Hoje você está muito conversadeira.”
E você verá a diferença.
- “O Pedro tem muita dificuldade para aprender.
Ele é bem disperso nas aulas. Há algo acontecendo em casa ou na escola?
Comentário: Mesmo que o aluno apresente dificuldades, você como professora dele naquele ano, não tem dados suficientes para dizer que ele tem dificuldades. E sim que está tendo dificuldades nesse ou naquele ponto.
Assim como também é bem mais factual dizer que ele esteve disperso nas últimas aulas e não que ele é disperso.
Não estamos com esse aluno todos os dias, o dia todo, para dizer que ele é disperso.
Mais algumas dicas importantes:
• Evite as nominalizações negativas (palavras como: agressividade, dispersão, irresponsabilidade, etc...) e cite fatos.
Ex. ? Ao invés de dizer: “O João é agressivo nas aulas e bate nos amiguinhos”, diga: “O João bateu nos amiguinhos em 3 aulas seguidas.”
Contar que ele bateu sim. Isso é um fato. Tachá-lo de agressivo, não. Isso é uma nominalização.
• Quando souber antecipadamente que irá conversar com pais de alunos, prepare-se para a conversa. Releia suas anotações sobre o aluno, lembre-se desse aluno em sala de aula (como tem se comportado, que comentários ele fez, em que se destacou, em quais assuntos teve dúvidas, etc
• Quando não souber antecipadamente, fale menos e ouça mais. Ouça o que essa mãe/pai tem a dizer sobre o filho e SEMPRE, comprometa-se a observar o aluno nas próximas aulas e dar um retorno. E dê mesmo, é claro.
• Ao falar de cada aluno especificamente, fale sempre em particular com os pais e não numa reunião aberta a todos. Isso significa respeito ao aluno e consideração aos pais
Nesse caso, use também a técnica do Positivo-Negativo-Positivo. Inicie a conversa contando algo positivo sobre o aluno. Depois mencione os pontos a melhorar e finalize com (pelo menos) mais um aspecto positivo sobre ele.
O professor deve procurar usar palavras que encorajem seus alunos. Isso é um investimento para que o aluno tenha a auto-estima fortalecida e saiba que é capaz de aprender. Seja afetuoso com seu aluno.Finalizando, se todo esse cuidado se aplica ao falar, imagine quando for escrever algo ?Ao escrever, SEMPRE, mas SEMPRE MESMO, releia o que escreveu e coloque-se no lugar de quem vai ler.Será que você escolheu as palavras do amor ou da guerra ?Mantenha isso em mente e veja a qualidade de seus relacionamentos melhorar muito daqui pra frente, não apenas com seus alunos.

Texto de Renata Rubia Riveiro - Professora de inglês, jornalista e bacharel em tradução e interpretação, graduada pela Faculdade Ibero-Americana (SP) e FIAM (SP).
20 anos atua na área de educação para crianças e adolescentes. Foi professora, coordenadora pedagógica e atualmente é diretora na escola de inglês Red Balloon Santo Amaro, onde também seleciona e treina professores de inglês

sábado, 18 de abril de 2009

Monteiro Lobato III

Sugerindo...

Cenas para cobrir o pontilhado, colorir e produzir frases ou textos











































































































Sugerindo...




Pintar, recortar e montar


EMÍLIA







VISCONDE

















Imagens retiradas do blog: Baú de Idéias

Monteiro Lobato II


FALANDO DE LOBATO...
ALGUMAS OBRAS E PERSONAGENS...



Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.

Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.




Suas personagens mais conhecidas são:


Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes;




Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança;


Visconde de Sabugosa, a sábio espiga de milho que tem atitudes de adulto,



Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio,


Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos.


Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como:
A Menina do Nariz Arrebitado,
O Saci,
Fábulas do Marquês de Rabicó,
Aventuras do Príncipe,
Noivado de Narizinho,
O Pó de Pirlimpimpim,
Reinações de Narizinho,
As Caçadas de Pedrinho,
Emília no País da Gramática,
Memórias da Emília,
O Poço do Visconde,
O Pica-Pau Amarelo e
A Chave do Tamanho.

Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como:
O Choque das Raças,
Urupês,
A Barca de Gleyre
Escândalo do Petróleo.

Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras.

Monteiro Lobato


18 DE ABRIL - DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL



"Um país se faz com homens e livros"

Monteiro Lobato

José Bento Monteiro Lobato nasceu a 18 de abril de 1882 —mas jurava de pé junto ter nascido em 1884— na cidade de Taubaté.


Filho do fazendeiro José Bento Marcondes Lobato e de dona Olímpia Augusta Monteiro Lobato, ele foi, além de inventor e maior escritor da literatura infanto-juvenil brasileira, um dos personagens mais interessantes da história recente desse país.

Cético, tinha como um de seus ditos preferidos o de "não acreditar em nada por achar tudo muito duvidoso". Porém, contrariando sua frase predileta, acreditou em muitas coisas durante sua vida e uma delas foi a indústria brasileira do livro, fundando, em 1918, a "Monteiro Lobato e Cia", a primeira editora brasileira.


Antes de Lobato todos os livros eram impressos em Portugal; com ele inicia-se o movimento editorial brasileiro.

Em 1917, Lobato publicou o contundente artigo "Paranóia ou Mistificação?'', no qual criticou uma exposição de Anita Malfatti e a influência dos "futurismos'' nas obras da artista.

Para ele, cada arte, como as ciências, tem suas leis (proporção, simetria etc.), e Malfatti era excelente artista quando as cumpria, tinha um "talento vigoroso, fora do comum", porém, o escritor não gostava quando a artista se deixava seduzir pelas vanguardas européias, assumindo, segundo ele, "uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & Cia.".

Em 1926, ao comentar, no Diário da Noite, o lançamento de um livro de Oswald de Andrade, escreveu: "apareceu em São Paulo como o fruto da displicência dum rapaz rico (...): Oswaldo de Andrade''.Em seguida a este artigo, Mário de Andrade publicou um artigo no jornal "A Manhã" no qual decretou a morte de Monteiro Lobato, porém, na década de 30, Lobato, Mário e Oswald fizeram as pazes e ele chegou a defender Mário em carta enviada a Flávio Campos na qual afirmava que "Mário, pelo seu talento no analismo criticista, tem direito a tudo, até de meter o pau em você e em mim''.


Jeca Tatu em charge feita por Belmonte

Nos anos seguintes, Lobato publicou seus primeiros livros: "Urupês", "Cidades Mortas" e "Negrinha". Segundo Marisa Lajolo, Lobato nestes livros traz o melhor de sua literatura, principalmente em "Urupês'' e "Negrinha'', nos quais, segundo ela, "comparecem os diferentes brasis que até hoje, sob diferentes formas, assombram as esquinas da nossa história. Os contos contam do trabalho do menor, do parasitismo da burocracia, da violência contra negros, imigrantes e mulheres, da empáfia dos que mandam, do crescimento desordenado das cidades, da degradação progressiva da vida interiorana; enfim, os contos contam do preço alto do surto de modernidade autofágica que desemboca na crise de 30."Os dois livros mostram a "aguda sintonia de Lobato com um tempo que reclamava novas linguagens" e marcam a vigorosa entrada no mundo literário brasileiro de um grande escritor que, segundo ele mesmo disse, "talento não pede passagem, impõe-se ao mundo".

Logo depois ao glorioso início da carreira literária, Lobato viajou para os Estados Unidos, voltando somente em 1931. Lá enfrentou sérios problemas. Seu livro "O Presidente Negro e o Choque de Raças" —uma história que narra a vitória de um candidato negro à Presidência dos EUA— não foi muito aceito e acabou por custar-lhe grandes desgostos, mas aqui, sempre foi um ardoroso defensor daquele país, chegando a afirmar, em carta enviada a Érico Veríssimo, que considerava os "Estados Unidos como uma dessas famosas composições musicais que são impostas a todos os grandes executantes a fim de tirar a prova dos noves fora do seu valor real, a rapsódia húngara de Lizt (sic), certas fugas de Bach".


Nessa mesma carta, ao comentar o novo livro de Érico, Lobato afirmou: "Escrever bem é mijar. É deixar que o pensamento flua com o à vontade da mijada feliz."Quando regressou ao Brasil, em 31, Lobato chegou com mais uma crença: acreditava piamente nas riquezas naturais do país e na sua capacidade de produzir petróleo.
Sofreu por isso.



Charge feita por Belmonte, na qual Lobato faz uma "Campanha" pelo petróleo no Brasil.


Foi um dos maiores defensores de uma política que entregasse à iniciativa privada a extração do petróleo em solo brasileiro.

Chegou a remeter uma carta ao presidente Getúlio Vargas na qual denunciava o interesse estrangeiro em negar a existência do "ouro negro" no Brasil e acabou detido no presídio Tiradentes de onde ele enviaria a seus amigos em todo o país cópias da carta que Getúlio considerara "ofensiva".Monteiro Lobato seria preso novamente pelo mesmo motivo em 1941.


Esta luta pelo petróleo acabaria por deixá-lo pobre, doente e desgostoso.

Foi também um dos mais fervorosos adeptos do "georgismo" (jornalista e economista norte-americano Henry George que propôs o imposto único sobre o valor da terra, conforme teoria exposta em seu livro "Progress and Poverty", publicado em 1879).

No ano de 1948 publicou pela editora Brasiliense um folheto intitulado "O Imposto Único", no qual Lobato sintetizava a "maravilhosa solução" proposta pelo teórico norte-americano.


Grande parte da literatura de Monteiro Lobato sempre foi direcionada aos leitores pequeninos. Produziu durante toda sua carreira literária 26 títulos destinados ao público infantil. É um dos mais importantes escritores da literatura infanto-juvenil da América Latina e também do mundo.

Sua obra completa foi , em 1946, publicada pela Editora Brasiliense. Esta edição foi preparada e reformulada pelo próprio Monteiro Lobato, o qual, inclusive, reviu diversos de seus livros infantis.

Sua genialidade foi sempre à frente de seu tempo, pois se Laura Esquivel é atualmente famosa pelo seu "Como Água para Chocolate", onde faz da culinária um arte revolucionária dentro da sua literatura, Lobato, por sua vez, e muito antes de Esquivel, tem uma passagem genial na qual inventa livros comestíveis para serem devorados pelos leitores e uma outra onde Narizinho e Pedrinho perdem-se na floresta e, para não morrerem de fome, cortam uma palmeira e comem palmito com mel. Prato moderníssimo.

Também foi um defensor do cinema, de Walt Disney e da frenética velocidade da vida e da cultura norte-americana.

Segundo ele "a velocidade no transporte do pensamento" dessa cultura e seus "maravilhosos espetáculos da arte muda" são "uma lição de moral que, se fora aceita, tiraria ao Rio o seu aspecto de açougue do crime passional.


O cinema americano ensina o perdão..."Progressista inveterado, Lobato escreveu certa vez a respeito daqueles que são contrários às coisas novas a seguinte frase: "O grande erro dessa casta de homens é confundir corrupção com evolução. Condenam as formas novas de vida, que se vão determinando em conseqüência do natural progresso humano, em nome das formas revelhas. Logicamente, para eles, o homem é a corrupção do macaco; o automóvel é a corrupção do carro de boi; o telefone é a corrupção do moço de recados"


.Monteiro Lobato morreu, vitimado por um derrame, às 4 horas da madrugada do dia 4 de julho de 1948, deixando um legado de personagens que ficarão para sempre impregnados nas retinas de todos aqueles que tiveram e que terão contato com as histórias do Jeca Tatu,

do Saci, da Cuca,

da boneca Emília,

do Visconde de Sabugosa,

da Narizinho,

do Pedrinho,

da Tia Nastácia,

da Dona Benta, entre outros tantos que habitam as obras deste que foi conhecido como "O Furacão da Botocúndia".




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